Pular para o conteúdo principal

Pense na aposentadoria: nunca é cedo!

Deus tem que me curar. Será?

Nos dias de hoje vemos uma ânsia pela cura que muitas pessoas passaram a exigir de Deus que ele a cure. Determinam que assim será e declaram que se a pessoa está doente é porque está em pecado. Será assim mesmo?



Vejamos o caso clássico de Eliseu, um dos maiores profetas, o qual sabia que estava doente e ia morrer daquela doença. Estaria Eliseu em pecado tal que Deus não poderia curá-lo ou mesmo perdoá-lo?

Leia a história dele e veja que não era isso. Ele continuava em comunhão com Deus e tanta que o seu defunto, isso mesmo, ele morto, ressuscitou uma pessoa (2 Reis 13:14, 21).

Se Deus tivesse que curar todas as enfermidades, João Batista, cheio do Espírito Santo teria curado muitas pessoas, no entanto, não fez qualquer milagre (Lucas 1:15 e João 10:41).

Mesmo que o espinho na carne de Paulo não seja uma doença, era um problema e Jesus lhe disse, a minha graça te basta. Ou seja, você não vai ter esse espinho removido, vai continuar com ele. Você vai continuar com esse problema, seja lá o que for (2 Coríntio 12:7-9).

E não há como negarmos o poder de Deus na vida de Paulo, tanto na pregação do evangelho, que era a preferência dele, como nos milagres de cura (Atos 19:11-12), sem falar da ressurreição do jovem que caiu da janela (Atos 20:9-12).

No entanto, Paulo não curou amigos como Timóteo. Por que Paulo não o curou? (1 Timóteo 5:23) E eram enfermidades frequentes!!! E quanto a Trófimo? Paulo estava com ele e o deixou doente! (2 Timóteo 4:20).

E ainda por que Jesus não curou todas as pessoas? Se há dúvidas veja a narrativa do tanque que o anjo movia a água, ele curou apenas aquele paralítico e não os demais enfermos do local (João 5:5-9).

Pois bem, Deus pode curar toda e qualquer enfermidade, mas ele quer fazê-lo? Isso vai glorificá-lo?

E mais, não é por estarmos doentes que não podemos pregar o evangelho e dar bom testemunho. Pelo contrário, uma pessoa vai olhar para mim e dizer, como você pode ser feliz com essa doença e poderei responder: minha felicidade não está na saúde e sim em Jesus, que me deu a salvação e escreveu meu nome no livro da vida. Como ele mesmo disse, é isso que deve me dar felicidade! (Lucas 10:20).

Se Deus não me cura é porque ele não quer. É claro que, se eu estiver doente, devo procurar a cura, não devo ser comodista, mas a questão é que Deus não é obrigado a fazê-lo. Ele pode me curar, sim. Eu peço para ele e ele poderá me curar, não porque eu mereça ou não esteja em pecado ou porque, muito menos por isso, eu mande que ele o faça. Deus irá me curar pela misericórdia e graça dele, e só.

Se você está doente e pensando por que Deus não lhe cura, ou até procurando pecados para justificar sua doença, esqueça! Deus não tem que curar você ou ninguém. Ele tem poder para fazê-lo, mas o fará quando e como isso servir para a glória dele, porque o que basta é a graça dele!

Lucas Brizzola
08/06/2017

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Encontros e reencontros

Pode até parecer estória de novela, mas é uma história real e eu fiz parte dela. Faço parte da diretoria da ong IHDI e todo mês recebo os relatórios da Estação Bem Estar, uma das unidades, e um deles consta as pessoas que saíram de nosso centro de acolhida, pelos mais diversos motivos. Normalmente eu não leio este relatório, pois é bem técnico, é assim: uma tabela com o nome de quem saiu e o motivo. Os motivos são diversos. Ocorre que em setembro de 2016 eu resolvi dar uma olhada e me deparei com um sobrenome conhecido e não comum, embora aqui a história será contada com apenas as inicias para preservar a identidade das pessoas. Dentre os que tinham saído no mês anterior, estava MNK. K numa inicial de sobrenome no Brasil não é muito comum e o restante completava a exclusividade. Conversei com uma amiga, a SNK, opa!, olha o K aí. Ela é esposa de um K, ou melhor, do mesmo K do MNK. Perguntei: você ou seu marido conhece um senhor chamado MNK? E completei: o sobrenome é o mesm...

Falácias do aborto

O aborto é um assunto que tem trazido muitas discussões desde há muitos anos com argumentos prós e contras e com pontos de vista diversos. Recentemente o Cemicamp realizou pesquisa junto aos médicos, o que trouxe novas discussões e velhos argumentos como o apresentado no jornal Publimetro (São Paulo) de 25/09/2007, na seção de cartas. Um leitor escreve defendendo o aborto, porém seus argumentos são equivocados e falaciosos. Não cito o leitor porque não tenho o objetivo de um debate entre pessoas e porque seus argumentos tem sido os mesmos que tenho visto pela maioria dos defensores do aborto, ou seja, ele apenas expôs uma ideia comum. Inicia escrevendo que "nos dias de hoje é hipocrisia ser contra o aborto" e nos dá a entender que é assim porque "é um procedimento que acontece todos os dias". Essa tese é equivocada porque quando se defende o valor fundamental de todo ser vivo, que é a vida, deve-se defendê-lo em todas as épocas, mesmo que a moral e os costumes...